O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), apresentou nesta quinta-feira (9) o Plano de Expansão Cicloviária (CicloRio). Em 10 anos, a cidade ganhará 600 km de faixas exclusivas para bikes. Somadas aos 400 km de ciclovias já existentes, serão mil quilômetros para as bicicletas até 2033.
Com a assinatura de um decreto, Paes quer transformar o Rio na “capital da mobilidade urbana saudável e sustentável”.
O projeto contempla a criação de corredores que integrem as bikes aos transportes de alta e média capacidade, como trens, barcas e metrô, BRT e VLT e rotas de comércio para atender à demanda dos entregadores.
O plano também prevê a recuperação dos mais de 400km de ciclovias já existentes, assim como a melhora da sinalização e mais segurança. “Estamos fazendo um esforço muito grande para requalificar o transporte no Rio, que nunca foi bom”, disse Paes durante a apresentação do plano.
A secretária de Transportes Maína Celidônio disse que foi feita uma ampla avaliação das ciclovias e ciclofaixas da cidade, ouviu entregadores, fez uma pesquisa com ciclistas e usuários e construiu o plano do que seria o ideal para a cidade, que vai ser construído nos próximos dez anos.
Maína destacou que a Ciclovia Tim Maia, em São Conrado, na Zona Sul, destruída durante uma ressaca em 2019, é um caso à parte. As fortes ondas derrubaram parte da estrutura no trecho da Avenida Niemeyer, matando duas pessoas.
“Ela está judicializada. E a prefeitura está discutindo exatamente para saber da viabilidade ou não da sua reabertura”, disse a secretária.
Segundo Joaquim Dinis, presidente da CET-Rio — órgão responsável pelas ciclovias — 30 km já foram implantados em 2022, com conexão com 55 estações. Outras 64 conexões estão previstas para este ano, e 63 até 2024.
“O objetivo é todas as conexões implantadas até o final do ano que vem. Além do lazer, a bicicleta hoje é um importante meio de transporte e de trabalho. E a cidade tem de se preparar para isso. A gente quer estimular cada vez mais a bike como transporte saudável e não poluente, garantindo menor tempo gasto em deslocamentos”, disse Dinis.
“Por isso, a parte estratégica considera 100% das conexões com o transportes de massa. A gente entende que para grandes distâncias o entregador pode deixar a bicicleta nessas estações e seguir de transporte público. Ano passado usamos conexões menores, de até um quilômetro de distância. Este ano vamos ampliar para até três quilômetros. A gente está ampliando as conexões no Centro da cidade e implantando, este ano, a ligação Tijuca-Centro, onde há grande concentração de comércio, atendendo uma demanda dos entregadores”, afirmou Dinis.