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Conheça a Rota Bahia-Minas, novo destino cicloturístico no interior de Minas Gerais

Repleto de belezas naturais e arquitetônicas, o trajeto resgata memórias da antiga ferrovia.

A iniciativa de transformar o percurso em rota cicloturística nasceu em 2018, após um diagnóstico realizado pelo SEBRAE Minas Gerais em parceria com o Circuito Turístico das Pedras Preciosas. A análise revelou o potencial excursionista da estrada de 575 quilômetros, que atravessa os Vales do Jequitinhonha e Mucuri, rumo ao município de Caravelas, no litoral sul da Bahia.

A Rota

Lançado oficialmente há cerca de dois meses, o trajeto oficial de 342 km contempla hoje os municípios de Araçuaí, Novo Cruzeiro, Ladainha, Poté, Teófilo Otoni e Carlos Chagas, todos em Minas Gerais. A pretensão é que no futuro a rota estruturada chegue ao distrito de Ponta de Areia, em Caravelas, na Bahia.

O percurso, que foi construído inicialmente para ser uma ferrovia, tem uma pequena variação de altitude – cerca de 800 metros acima do nível do mar – e segue acompanhando o relevo dos rios e as curvas de nível do terreno. O piso da rota é em grande parte de terra e cascalho, mas em geral compactada e com largura suficiente para que se pedale lado a lado em caso de dupla ou grupo.

A estruturação do circuito, juntamente com a necessidade de readequação de alguns trechos e estruturas antigas, só foi possível em razão do apoio dos seis municípios envolvidos. É o que afirma Jeferson Batalha, analista do Sebrae Minas, “tanto na questão da governança, até os atuais modelos de integração e aplicação de sinalização, sem eles [os municípios] nós não teríamos avançado”.

Projetada para ser autoguiada, a rota se baseia em uma sinalização mais integrada ao ambiente, a fim de evitar casos de depredação e roubo. Entretanto, também conta com painéis interpretativos dispostos em cada município e placas indicando os principais atrativos turísticos. Além do mapeamento de todos os trechos disponíveis no site oficial, todo o percurso deve ser totalmente sinalizado ao longo dos próximos meses.

Hospedagem

Para os turistas que decidem se aventurar na rota, o site da Rota Bahia-Minas, disponibiliza uma série de estabelecimentos cadastrados e preparados para dar suporte e apoio aos ciclistas. Segundo Jeferson Batalha, desde o início a capacitação dos empreendedores ao longo do percurso, foi o foco principal. Por conta disso, foram realizados vários eventos testes para instruir as pousadas, hotéis, fazendas, restaurantes e oficinas.

“Hotel que não recebia bicicleta, hoje tem um espaço destinado ao cicloturista, com equipamentos para a limpeza da bike quando este retorna de um passeio, por exemplo. Além da autorização para deixar os equipamentos dentro do quarto”, explica o analista.

Apesar do pouco tempo de lançamento, Jeferson Batalha destaca a influência do circuito na economia local. Comerciantes que antes dependiam de trabalhos em outras cidades para complementar a renda, hoje já encontram a principal fonte de renda na própria região, devido ao fluxo de turistas.

A hospitalidade mineira é algo reconhecido em todo lugar. Por isso, além de percorrer caminhos com rios e cachoeiras, antigas estações e túneis da ferrovia, o ciclista pode conhecer várias histórias partindo da recordação dos moradores que vivenciaram a época em que as locomotivas – conhecidas por lá como “Pochixá” – operavam na região. Histórias que inspiraram um dos mais influentes e talentosos músicos da Música Popular Brasileira, Milton Nascimento, a gravar “Ponta de Areia” – música que lamenta o fechamento da Estrada de Ferro que ligava Minas ao mar baiano.

SERVIÇO:

Início da Rota: Araçuaí (MG)
Fim da Rota: Carlos Chagas (MG)

Modos: Bicicleta

Governança: Atualmente a governança é do SEBRAE, porém a Associação da Rota está em fase de implantação.

Distância planejada e implementada: 342 km

Duração indicada para percorrer o circuito: de 5 a 7 dias
Elevação Máxima acumulada: 3.044 metros

Contatos: @rotabahiaminas @trilhasevento

Para mais informações: Rota Bahia-Minas

FONTE: Aliança Bike

 

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Uma resposta

  1. Fiz recentemente o trecho Araçuaí a Teófilo Otoni, porque somente tinha 3 dias !
    Muito bom o circuito. Recomendo e quero fazer de novo até Carlos Chagas.

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