O ano de 2021 ainda nem acabou, mas os dados envolvendo acidentes de trânsito com bicicleta, em Joinville, já registram um aumento de 14% em comparação ao ano passado inteiro. Os dados são do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville.

Desde janeiro até o dia 19 de dezembro de 2021, a instituição bombeiril registrou 742 atendimentos contra 653 do ano passado. Este diagnóstico é bastante alarmante.

De acordo com este levantamento, em média, são registradas quase duas ocorrências envolvendo bikes por dia em Joinville, um número que assusta e faz as autoridades e os motoristas/ciclistas refletirem sobre a melhor maneira de reduzir os casos registrados no trânsito da cidade mais populosa de Santa Catarina.  

Outra constatação é que em 2018 foram realizados 580 atendimentos envolvendo acidentes com as bikes, ou seja, o crescimento registrado nos últimos três anos é de 25%.

Os atendimentos dos bombeiros voluntários de Joinville incluem desde choque entre bicicletas, carroças e motos até batidas com carros, ônibus e caminhões. E todos os números vêm crescendo e preocupando a todos que se deslocam com a “magrela” para trabalhar ou por lazer/esporte.

Levantamento do ano 2021

Assim como nos demais anos, o maior registro de ocorrência pelos bombeiros voluntários fica por conta dos confrontos entre as bicicletas e os carros, com 315 acidentes. Logo em seguida, estão as quedas com bicicletas com 259 casos. As batidas entre bicicletas e motos ficam na casa dos 105 registros. Mas há também os confrontos entre duas bicicletas, com 19 casos. E fechando a lista estão dois casos registrados entre bicicletas e carroças com tração animal. Vale ressaltar que ainda faltam 10 dias para terminar o ano e esses dados podem aumentar ainda mais.

Agosto de 2020 foi o pior mês

Mesmo em plena pandemia, os números de acidentes com bikes não baixaram… Inclusive vem aumentando de ano em ano. O período de 2020, foram 653 atendimentos realizados pelos bombeiros voluntários ocasionados pelas bicicletas. Desde total, agosto foi o mês com maior registrado: 42 casos.

Os acidentes entre carro e bicicleta lideraram com 293 procedimentos efetuados. Em seguida, a queda de bike ficou em 235. Uma curiosidade foi o registro de seis casos envolvendo bicicleta e obstáculo fixo (poste, lombada, meio fio).

Acidentes de 2019 e 2018 superam a marca de 500 por ano

Tanto em 2019 como em 2018, o cenário não mudou. Foram 673 e 580 episódios, respectivamente.

Como é a tendência anual, os acidentes entre bicicletas e carros lideraram a listagem, com 298 (em 2019) e de 256 atendimentos (em 2018).

Em 2019, o que mais chama a atenção é a batida entre bicicleta e pedestres, com quatro registros, para quem pensava que este tipo de acidente não acontecia. O confronto entre moto e bicicleta fechou o ano com 100 procedimentos.

Um dos destaques de 2018 foi o número de “choques” entre as bikes e ônibus, com 14 intervenções dos bombeiros somente nestes casos de emergência.

Para evitar acidentes, utilize equipamentos de segurança

Além de respeitar as leis de trânsito, é necessário que o ciclista utilize equipamentos que possam contribuir com a segurança ao pedalar até o trabalho ou para passear com sua bicicleta.

1. Capacete
É a proteção mais importante que um ciclista precisa ter. Sua função é proteger a região da cabeça de impactos causados por uma queda de bicicleta e/ou batidas em objetos. Como a região craniana é sensível e o cérebro é vital para qualquer pessoa, todo cuidado é relevante para protegê-lo.

Com o uso do capacete, o ciclista tem proteção contra traumas graves e lesões causadas por acidentes e evita possíveis escoriações e cortes na região da cabeça. Além disso, contribui com a aerodinâmica, pois ajuda a direcionar o fluxo de ar e torna a pedalada mais fluida. Outro ponto interessante é que as cores desse item podem facilitar a visibilidade no trânsito, tornando a atividade mais segura.

2. Luvas
As luvas proporcionam a proteção das mãos em contato com o guidão durante a prática. Quem pedala recebe vibrações na bike em contato com diferentes terrenos, seja na terra ou no asfalto, e todos esses impactos são recebidos pelo corpo, sendo que as mãos os amortecem.

Desse modo, a função das luvas é absorvê-los e prevenir as mãos de lesões e dores. Elas ajudam a reduzir o aparecimento de calos e inflamações, trazem conforto, permitem a pegada correta no guidão e protegem de escoriações nas mãos em caso de quedas.

3. Óculos
Nem sempre valorizados pelos ciclistas, são um dos itens mais importantes. Eles ajudam na proteção contra sol, areia, insetos ou qualquer sujeita que possa atingir os olhos. Além disso, ajudam o ciclista a ficar atento ao trajeto e aos movimentos que estão acontecendo ao redor.

A visibilidade é essencial quando falamos de uma bicicleta, afinal qualquer momento sem enxergar pode gerar acidente e queda. Por isso, é preciso investir nos óculos e trazer mais segurança para a pedalada.

4. Retrovisores e buzinas
Outro equipamento que visa aumentar a segurança com a bicicleta são os retrovisores. Eles permitem que o ciclista visualize tudo ao redor, tendo mais facilidade para tomar decisões e desviar de obstáculos. Eles não precisam ser muito grandes: basta estarem na posição correta, dando a visão necessária para quem está na pista.

Além do retrovisor, também é interessante contar com uma buzina. Ela ajuda a sinalizar a presença e a alertar pedestres ou condutores de outros veículos, diminuindo as chances de que algum acidente ocorra. Sendo assim, quando os imprevistos acontecerem, basta acionar a buzina, dando o alerta sobre a situação.

5. Farol e lanterna
O ciclista que não é visto na pista corre mais risco de sofrer acidentes — sobretudo à noite —, afinal os outros motoristas ou pedestres não perceberão a presença da bicicleta. Por isso, é muito importante investir na iluminação da bike, pois ela traz mais visibilidade durante a pedalada. Se possível, invista em faróis e iluminação traseira.